Entenda tudo sobre a retossigmoidoscopia, um exame diagnóstico vital para avaliar o reto e o cólon sigmoide. Descubra como é feito, sua importância e o que esperar durante o procedimento.
A retossigmoidoscopia é um procedimento diagnóstico que permite ao médico examinar o interior do reto e a parte inferior do cólon (sigmoide). Este exame é crucial para detectar anormalidades, como pólipos, câncer e doenças inflamatórias do intestino. Com sua capacidade de fornecer visões claras do revestimento intestinal, a retossigmoidoscopia é uma ferramenta valiosa na prevenção, diagnóstico e gestão de condições gastrointestinais.
Durante uma retossigmoidoscopia, um tubo flexível equipado com uma câmera (sigmoidoscópio) é inserido através do ânus. Este instrumento permite ao médico visualizar o reto e o cólon sigmoide. O procedimento é geralmente rápido, durando cerca de 15 a 20 minutos, e pode ser realizado sem sedação em muitos casos.
Este exame é fundamental para identificar a causa de sintomas gastrointestinais, como sangramento retal, dor abdominal, alterações nos hábitos intestinais e para rastrear o câncer colorretal em estágios iniciais. A retossigmoidoscopia também ajuda a diagnosticar e monitorar doenças inflamatórias do intestino, como a colite ulcerativa.
A preparação para o exame envolve limpar o cólon inferior, o que pode incluir o uso de laxantes ou enemas. Seguir as instruções de preparação fornecidas pelo médico é crucial para garantir que o exame seja o mais eficaz possível.
Embora possa ser desconfortável, a retossigmoidoscopia é geralmente bem tolerada. Os pacientes podem sentir pressão ou cólicas leves durante o procedimento. Em alguns casos, pode ser administrada sedação leve para ajudar a relaxar e minimizar o desconforto.
É normal experienciar gases ou inchaço imediatamente após o exame, mas estes sintomas geralmente desaparecem rapidamente. Os pacientes podem retomar sua dieta e atividades normais, a menos que sejam dadas outras instruções pelo médico.
Após a retossigmoidoscopia, o médico discutirá os resultados com o paciente. Se forem encontradas anormalidades, como pólipos, podem ser removidas durante o procedimento para biópsia. Dependendo dos resultados, podem ser recomendados exames adicionais ou tratamentos específicos.
A retossigmoidoscopia é um procedimento seguro, com riscos mínimos. Os benefícios incluem a detecção precoce de condições potencialmente graves, permitindo intervenções oportunas. Riscos, embora raros, podem incluir sangramento ou perfuração do cólon.
A retossigmoidoscopia é um exame diagnóstico essencial que desempenha um papel vital na avaliação da saúde do cólon inferior. Com sua capacidade de detectar e prevenir doenças gastrointestinais graves, este procedimento é uma etapa importante na manutenção da saúde digestiva.
A retossigmoidoscopia é dolorosa?
A maioria dos pacientes relata sentir apenas desconforto leve, como pressão ou cólicas durante o exame.
Preciso de sedação para a retossigmoidoscopia?
A sedação não é comumente necessária para este procedimento, mas pode ser oferecida para garantir o conforto do paciente.
Quanto tempo leva para recuperar-se de uma retossigmoidoscopia?
Os pacientes geralmente podem retomar suas atividades normais logo após o exame, a menos que tenham recebido sedação.
Como me preparo para uma retossigmoidoscopia?
A preparação envolve seguir as instruções do médico para limpar o cólon inferior, o que pode incluir dietas específicas, laxantes ou enemas.
Quais são os riscos da retossigmoidoscopia?
Os riscos são baixos, mas incluem potencial para sangramento ou perfuração do cólon em casos raros.
O exame de retossigmoidoscopia é utilizado para o diagnóstico das doenças que acometem a porção final do intestino grosso. Com a retossigmoidoscopia é possível diagnosticar doenças que acometem os 30 cm finais do tubo digestivo, avaliar a mucosa do reto e sigmoide, verificar a presença de câncer retal, pólipos intestinais, divertículos em sigmoide, colites, diagnosticar amebíase através de biópsia de reto.
O exame pode ser realizado com retossigmoidoscópio rígido (figura 1) ou flexível, a diferença entre os dois exames consiste no aparelho que é utilizado, o retossigmoidoscópio flexível (figura2) é um aparelho mais sofisticado que o rígido e permite a realização de fotos durante o exame, além de causar menor desconforto durante a realização do mesmo .
FIGURA 1
FIGURA 2
O exame é realizado a nível ambulatorial, não sendo necessária internação.
O exame consiste na introdução pelo ânus de um aparelho (retossigmoidoscópio rígido ou flexível) que permite a visualização dos segmentos intestinais, reto e colón sigmóide.
O paciente é posicionado em decúbito lateral (figura 3)
FIGURA 3
O médico realiza um toque retal, com dedo lubrificado por xilocaína gel, que é um anestésico local. O intuito do toque retal é avaliar a elasticidade do ânus, identificar massas palpáveis, realizar o relaxamento dos esfíncteres anais para que o exame seja o menos desconfortável possível.
Após o toque retal é introduzido o retossigmoidoscópio flexível que tem o diâmetro de um dedo, aproximadamente.
Após a introdução do retossigmoidoscópio o médico vai progredindo o aparelho que está acoplado a um sistema de câmera que permite a visualização dos segmentos intestinais, até 30 cm da borda anal (Figura 4).
FIGURA 4
Durante este trajeto são realizadas fotos (Figura 5) dos segmentos principais e de lesões quando estiverem presentes, o médico pode realizar biópsias de tecidos que julgar necessário.
FIGURA 5
Foto de segmento de reto com presença de pólipos
As biópsias (Figura 6) são indolores e o paciente pode apresentar um discreto sangramento vermelho-vivo às evacuações logo após o exame.
FIGURA 6
O exame é extremamente rápido, dura em torno de 5 minutos e o desconforto é mínimo, com sensação de cólica de gases por alguns segundos.
Não é necessário jejum para a realização do procedimento, porém o reto deve estar limpo para que a visualização não fique prejudicada. Portanto é necessária uma lavagem intestinal (Figura 7), realizada pelo próprio paciente, em sua residência, antes do exame.
FIGURA 7
Após o exame os pacientes podem retornar às atividades normais de trabalho, não sendo necessário afastamento do mesmo, para realizar o procedimento.
As complicações são extremamente raras, quando o exame é realizado por equipe treinada e médico experiente.
Pode ocorrer sangramento de pequeno volume, hemorragias são raras e estão associadas à remoção de pólipos volumosos.
Infecções também são extremamente raras, pois o aparelho de retossigmoidoscopia passa por processo criterioso de desinfecção.
Perfurações intestinais também são raras.
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